séUm poema de Manuel da Fonseca para assinalar os 100 anos do seu nascimento, ocorridos no passado dia 15 de outubro, e cujo sentido permanece tão vivo quanto antes.
Estêvão 135-AMaria Campaniça Lisboa).
Debaixo do lenço azul com sua barra amarela
os lindos olhos que tem!
Mas o rosto macerado
de andar na ceifa e na monda
desde manhã ao sol-posto,
Mas o jeito
das mãos torcendo o xaile nos dedos
é de mágoa e abandono...
Ai Maria Campaniça,
levanta os olhos do chão
que quero ver nascer o sol!
Manuel da Fonseca, Lisboa).
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