quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Um Rapaz Invulgar de Don Brown

 
Albert nasceu em 1879. Não era um bebé particularmente bonito, pois era demasiado gordo e a sua cabeça parecia ser maior do que a dos outros bebés. Foi crescendo mas não se tornou um rapaz simpático - batia na irmã, enfurecia os professores e não tinha muitos amigos. Divertia-se a construir castelos de cartas, puzzles, a tocar violino e adorava os enigmas da geometria e da matemática. Na escola, era um rapaz discreto, pouco exuberante. Alguns professores avaliavam-no como sendo pouco inteligente. Contudo, os seus pensamentos estavam destinados a mudar o nosso mundo.

O Rapaz que Tinha Medo de Mathilde Stein

O Rapaz que Tinha Medo vai procurar ajuda às páginas amarelas e encontra o numero da Árvore Mágica. Marcam uma entrevista, mas a árvore avisa-o dos perigos da floresta assombrada e das suas estranhas criaturas. Decidido, o rapaz põe-se a caminho. Será que vai perder o medo? 0 medo de tudo? 0 medo de andar na rua com as suas calças às flores (porque os outros podem troçar dele)? E o medo do escuro (porque podem aparecer fantasmas debaixo da cama)?
aqui a história.

Pablo, o pintor de Satoshi Kitamura

 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quem é Pablo, o pintor? Inevitavelmente, os adultos pensarão em Picasso. Poderá a narrativa levar a ele? Através do contacto com o bloqueio criativo e com o sonho, possivelmente. Mas não pela biografia.
Este Pablo é um elefante cujo sonho é expor o seu trabalho e agora que tem essa oportunidade não sabe o que pintar. Este é o momento inicial da história, com a qual todas as crianças se identificam: o bloqueio criativo acontece-lhes perante a folha em branco e a liberdade de escolha, no seu dia a dia, na escola.
Como resolver o problema é a pergunta a que a leitura vai responder – eis o primeiro móbil de interesse. Pablo parte para o campo a conselho dos amigos, como tentativa de encontrar a inspiração e o tema para a sua pintura. O quadro, no seu cavalete, expõe-se ao longo do processo, nas ilustrações, pelo que todos o acompanhamos. Pablo começa a pintar a paisagem natural que o rodeia, até fazer uma pausa para almoçar e se deliciar com uma sesta. Aqui dá-se o momento de viragem da narrativa, com uma sucessão de acontecimentos inesperados e alheios à personagem. Seis animais aparecem, sucessivamente, acrescentando à paisagem da tela algo que é para si importante. Cada um tem uma perspectiva única do mesmo espaço, de acordo com as suas necessidades e gostos, em suma, da sua identidade. A contribuição colectiva alarga a perspectiva limitada do olhar individual.
Recorrendo à técnica enumerativa, Kitamura apresenta cada um dos animais através da ilustração, no topo da página. Depois, segue-se a intervenção no quadro. Um a um, vão completando a tela com relva, bolotas, o céu mais azul, o bosque ao fundo, as flores na relva e finalmente… um mistério.
A pintura esteve sempre visível até aqui, quando o Sr. Lobo se apodera do pincel para lhe acrescentar o último retoque. Este é o segundo momento em que o autor prende a atenção do seu público: o jogo de desvendar e esconder é agora o responsável pelo mistério. A ilustração deixa de reforçar a ideia do texto, deixa de o complementar, e passa a ocultar uma preciosa informação: o que pintou o Sr. Lobo? O momento artístico dos animais acaba quando todos contemplam o resultado do seu trabalho com entusiasmo e surpresa, pelo elemento que o último deles tinha acrescentado.
O enfoque narrativo retorna a Pablo, que acorda da sesta. Afirma ter tido um sonho estranho e saber agora o que pintar. Voltamos a ver a tela, igual à que Pablo interrompe para almoçar e a ovelha encontra durante a sua sesta. Onde estão todas as alterações que tiveram lugar enquanto o pintor dormia? Será que tudo não passou de um sonho?
No final, apresenta-se finalmente o quadro terminado, na parede da exposição. Revela-se o mistério: lá está a paisagem, com os elementos que os animais lhe haviam acrescentado (em sonhos ou na realidade?) e com o Sr. Lobo a pintar o retrato dos restantes companheiros nessa mesma paisagem. Temos então um quadro dentro de outro quadro, como uma narrativa dentro de outra. O quadro é a história do sonho de Pablo, é a imagem que sintetiza a história que o livro nos conta, que a conclui e revela.
O topos do sonho, tantas vezes utilizado na história da literatura infantil como ponte entre a fantasia e a realidade, é aqui dissolvido, transformando-se no centro problematizador da narrativa. É na dualidade que reside a resposta ao problema inicial do bloqueio artístico: a originalidade e qualidade da pintura decorre de Pablo ter escolhido contar como era aquela paisagem para os que lá vivem e interagem, em vez de simplesmente a ter visto com os seus olhos.
Para além da mensagem, a estratégia narrativa (em que a cumplicidade entre texto e ilustração é tão subtil como eficaz) desafia as crianças a ultrapassarem as fórmulas reconhecíveis, partindo desse reconhecimento. Sem se deixar tentar pela experiência da ilegibilidade, Satoshi Kitamura propõe uma leitura que não choca os leitores menos seguros, despertando-os contudo para a intersecção na construção da lógica narrativa. Prova assim que o recurso à linearidade da enumeração pode integrar uma estrutura mais complexa, contribuindo para fixar a atenção dos leitores, sem abdicar do risco.
in  O Bicho dos Livros

O Rapaz dos Hipopótamos de Maragaret Mahy e Steven Kellog.

 Este livro conta a história de um rapaz chamado Roberto que um dia a caminho de casa é seguido por um hipopótamo e no dia seguinte também e no dia depois desse...Embora a casa dos pais de Roberto fosse grande, ter dezenas de hipopótamos no jardim não era uma ideia que agradasse aos donos da mansão. É aqui que entra a bruxa e dá uma poção mágica ao menino. Os hipopótamos desapareceram num ápice mas no dia seguinte um novo animal cruza o caminho de Roberto e no dia seguinte também e no dia depois desse...
 
 





 

 








 

Laura e o Coração das Coisas de Lorenzo Silva e Jordi Sàbat

Este livro Laura e o Coração das Coisas, numa tradução de Inês Pedrosa, foi o livro que se seguiu nas sessões de leitura para o 1º ciclo. A intenção foi dar a ler outro texto, cuja mensagem se aproximava da do  livro anterior.



"... esta história  revela-se pela sua importância uma boa solução para aquilo que já não queremos, daquilo que já não precisamos e que o fim a dar a essas coisas em sobra podem ainda não ter os dias contados. Insignificantes para nós, essas coisas podem ainda vir a ter muita serventia e importância para outros. Assim, a nossa anfitriã Laura via coisas que mais ninguém via. Todos os objectos tinham vida, sentimentos. Aos seus olhos, todas as coisas tinham a sua família, a sua origem e de cada vez que olhava para um objecto, este tinha de pertencer a qualquer coisa, como por exemplo um lápis pequenino tinha junto assim um lápis grande (pai) e um médio (mãe). Era assim com todos os outros objectos. Para a Laura, que via coisas que os outros não viam, todas as coisas eram muito mais que meras coisas… Desta forma, associando as coisas umas às outras, como uma espécie de família, Laura fazia de tudo para que as ditas “famílias” nunca estivessem separadas. As bolas todas juntas, os cavalos com os cavalos, os carros com os carros, enfim, todos os objectos estavam juntos de acordo com a sua origem. Então, Laura “…soube assim que as coisas tinham o seu coração…” À medida que ia recebendo brinquedos novos, ia deixando os outros de lado acumulados no baú, até não caberem mais. A mãe da Laura pediu-lhe para dar os brinquedos mais antigos, aqueles com que ela não brincava mais. Após várias recusas e uma última intervenção da mãe “… se não brincas com eles, ficarão sozinhos e tristes, e aborrecer-se-ão, e acabarão por adoecer de tristeza…”, dito isto, Laura que “sabia que as coisas tinham um coração como as pessoas, e que os mimos lhes faziam falta e que se sentiam mal quando ficavam sozinhas” concordou em dar alguns dos seus brinquedos para outras meninas e meninos para também eles poderem sentir a alegria e terem com que brincar. Juntos, brinquedos e os seus novos donos, ganhariam uma nova vida.
Desta história podemos retirar um excelente exemplo e uma grande verdade. As coisas também têm coração e, quando aos nossos olhos pelo excessivo e repetitivo cansaço de as olharmos nos perecerem velhas e sem serventia, aos olhos de um outro alguém talvez essas mesmas coisas pareçam novas e com muita vida ainda para dar.
Num tempo tão conturbado como o que estamos a atravessar, a melhor forma de o superar será fazer como a Laura, dar uma nova vida aquilo de que já não precisamos. Certamente haverá quem não se importe de dar vida a essas mesmas coisas. “Por isso Laura quis que os outros vissem o coração das coisas… Para oferecer alegria, e não tristeza às coisas e às pessoas…” Esta é a história da “Laura e o coração das coisas”
 
 

O Coração e a Garrafa de Oliver Jeffers

O Coração e a Garrafa de Oliver Jeffers

Do mesmo autor de Perdido e Achado, este livro O Coração e a Garrafa mostra-nos o quão importante é ver com o coração, por maior que seja o fascínio que se sinta pelo mundo envolvente.
 
 
 

Perdido e Achado de Oliver Jeffers, publicado pela Orfeu Negro

Sessões de Leitura para o 1º ciclo na biblioteca da escola Infante D.Pedro



Ao longo do primeiro período, uma vez por semana, os alunos do 1º, 2º, 3º e 4º anos da Escola Infante D.Pedro leram e ouviram ler histórias fantásticas.
Aqui ficam alguns desses livros que os fizeram criar laços mais estreitos com a escrita.


As sessões iniciaram-se como o livro "Perdido e Achado  " de Oliver Jeffers. A aventura mágica de um menino e de um pinguim sobre a amizade.


Este livro foi já adaptado ao cinema de animação pelo realizador Peter Hunt (AKA Studio, 2008).
Foi considerado o melhor livro do ano em 2006 pela BBC Television e em 2005 recebeu a Medalha de Ouro da Nestlé Children´s Award.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Ler Mais, Ler Melhor - Todas as Palavras, poesia reunida de Manuel António Pina


Homenagem a Manuel António Pina - 1943 - 2012

Homenagem de Francisco José Viegas a Manuel António Pina




            As nossas lágrimas folheiam os teus livros de Francisco José Viegas
           A poesia, meu querido Pina, ao contrário do que um dia a tua ironia deixou escrito num dos teus poemas mais perfeitos, não vai acabar. Vai continuar a ser aquilo que foi a tua vida: a celebração de uma beleza rara e inóspita, inacessível a todos os aborrecidos que nunca nos vencerão, que nunca te venceram. Nunca te esqueceremos. Plantaremos uma árvore em teu nome. Diremos um poema em teu nome. Daremos estes dias em teu nome. Celebraremos o que nunca vamos esquecer: o teu coração dedicado à poesia, aquilo que nunca se pode dizer, de tão frágil e mudo que é. “Farewell Happy Fields”. Neste momento, nenhuma palavra que dissermos vale a pena. Temos apenas as tuas. Os teus versos, a tua beleza incandescente, irónica, suave, amorosa. O resto são as nossas lágrimas, que folheiam os teus livros, a nossa grande necessidade dos teus livros e de tantos versos que decorámos para que a vida tivesse um sentido e acaba por não ter. Escreveste “estávamos a precisar de solidão, / de silêncio, de geometria/ e as nossas lágrimas de uma grande razão.”

Fico tão só, fico tão triste, fico tão abandonado, ficamos tão abandonados, ficamos tão sós. Mas em tudo o que escreveste fica a grandeza da nossa língua e a beleza rara e difícil das coisas a que nunca deste um nome. Contigo aprendemos quase tudo sobre a grande arte. Aprendemos a medida do verso e a necessidade de nunca deixar de rir. Aprendemos que nunca é tarde, afinal; que nunca deixarás de regressar às nossas estantes, ao nosso coração, à leveza que nos mostraste, ao caminho no meio das florestas. Aprendemos a esperar. Aprendemos a olhar. Aprendemos a ver em ti uma honestidade belíssima e inimitável. Aprendemos que somos aprendizes da tua capacidade de verificar a beleza das coisas e dos seus mistérios e que, às vezes, eles se reduzem a um verso que se aproxima tão perto da beleza – que queima, que nos deixa em transe sobre a terra, que fica gravado em qualquer lado do nosso desespero, agora que partiste. Deixando-nos tão sós, tão sós, tão perdidos, tão perplexos, meu amigo.
                                                                                                      Francisco José Viegas
                                                                                            Secretário de Estado da Cultura

Texto publicado no Jornal de Notícias no dia 12 de Outubro de 2012.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Mês Internacional da Biblioteca Escolar


Aos colegas do 1º ciclo e aos educadores de infância

 No mês de Outubro, celebra-se o Mês Internacional da Biblioteca Escolar, este ano subordinado ao tema “Uma Chave para o passado, presente e futuro”. Um tema que nos faz perceber o significado da biblioteca na escola. Os livros e os recursos que faculta aos leitores e utilizadores permitem um melhor conhecimento do que nos define como povo, habilita-nos para um diálogo mais próximo com o mundo atual e aposta na nossa formação para o futuro.

A equipa da biblioteca da escola, mais uma vez, em parceria com os educadores de infância, os professores do 1º ciclo, os professores de português e os diretores de turma, aderiu à celebração desta efeméride com uma mão cheia de iniciativas, em que a leitura e a escrita são protagonistas. Mas para que ganhem a importância merecida, necessitam da colaboração de todos.

Desta forma, apelamos:
. à  colaboração no concurso de escrita criativa “Uma História a quatro mãos”, uma iniciativa concelhia de escrita criativa e colaborativa que arranca dia 22 de Outubro,  dia da Biblioteca Escolar, e que percorrerá todas as escolas do concelho, para que todos os alunos do 4º ano possam colaborar na construção de uma história partilhada. Para isso, as escolas interessadas deverão inscrever-se até às 10 horas de 22 de outubro, via correio eletrónico para natercia.simoes@cm-figfoz.pt, indicando obrigatoriamente o nome e o contato do responsável pela turma participante.

As inscrições remetidas fora do prazo e as que não cumpram os pressupostos acima mencionados poderão vir a ser consideradas, após análise, caso a caso.

. à colaboração no concurso de desenho “ A Biblioteca da Minha Escola”, dirigida aos alunos dos jardins de infância e 1º ciclo. A representação gráfica da forma como veem a biblioteca da escola  reforça os laços afetivos com o universo dos livros e da leitura.

. à colaboração nas sessões de leitura em torno dos livros selecionados para a itinerância de leitura neste mês em que a biblioteca assume maior destaque.

. à colaboração na tournée de leitura pelo editor da Bruáa, Miguel Gouveia, a partir do livro “ O tigre na rua e outros poemas”.

.à divulgação, junto dos alunos e encarregados de educação, dos recursos digitais do blogue da biblioteca escolar

 Juntos faremos a leitura acontecer.

A professora bibliotecária

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Os Ciganos, um conto de Sophia de Mello Breyner


Era uma vez uma casa muito arrumada onde morava um rapaz muito desarrumado.
E o rapaz tinha a impressão de que não era feito para morar naquela casa.
Ali os relógios estavam sempre certos mas ele andava sempre atrasado.
Ele esquecia-se da bola na sala e dos livros no jardim. Ele deixava a caneta na cozinha, os sapatos no corredor; o relógio no lavatório. Porque jogava à bola na sala, lia no jardim, escrevia em toda a parte, despia-se no corredor e só se lembrava de tirar o relógio quando já estava dentro do banho.
Por isso todos ralhavam com ele e ele pensava:
- Esta casa é um tribunal.
Havia horas certas para tudo, leis, regras, lugares para pôr as coisas. (...) - reproduzido de Porto Editora.

Assim começou Sophia de Mello Breyner Andresen o conto intitulado Os Ciganos. Mas o conto permaneceu inacabado e inédito no espólio de Sophia até 2009. Até que o neto, Pedro Sousa Tavares, aceitou terminar o conto à sua maneira. Danuta Wojciechowska encarregou-se das ilustrações. O livro foi apresentado ontem na Livraria Bertrand-Chiado, em Lisboa.

Os Ciganos
Texto: Sophia de Mello Breyner Andresen e Pedro Sousa Tavares
Ilustração: Danuta Wojciechowska
Porto Editora
64 págs., 18,80 euros

Os Ciganos de Sophia de Mello Breyner



terça-feira, 17 de julho de 2012

VII Feira do Livro na Figueira da Foz


Aproxima-se o início da VII edição da Feira do Livro. Os livreiros da Figueira da Foz, com o apoio da Divisão de Cultura da Câmara Municipal, vão participar uma vez mais na Feira, onde estarão representadas diversas editoras.
Aos fins  de semana realizar-se-ão atividades de animação abertas a todo o público.
A abertura da  Feira do Livro terá lugar na próxima sexta feira, 20 de julho, pelas 19h00, no Meeting Point (Praceta José Ledesma Criado, a sul da esplanada Silva Guimarães).

Visite... compre... leia.

terça-feira, 26 de junho de 2012

5AS DE LEITURA - ENCONTRO COM O ESCRITOR JOSÉ EDUARDO AGUALUSA




Com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, a Biblioteca Municipalpromove uma vez mais um encontro com um escritor consagrado. Este mês oconvidado é José Eduardo Agualusa. O escritor, que este anojá editou três obras, vem apresentar o seu mais recente romance, Teoria Geral do Esquecimento, que percorrepelos caminhos e veredas da imaginação os factos da vida coletiva angolana, da independência aos nossos dias.


A Biografia de José Eduardo Agualusa
José Eduardo Agualusa nasceu na cidade do Huambo, em Angola, a 13 de dezembro de 1960. Estudou Agronomia e Silvicultura em Lisboa. É jornalista. Viveu em Lisboa, Luanda, Rio de Janeiro e Berlim. É autor dos livros A Conjura (romance, 1988), Prémio Revelação Sonangol, A Feira dos Assombrados (contos, 1992), Estação das Chuvas (romance, 1996), Nação Crioula (romance, 1998), Grande Prémio de Literatura RTP, Fronteiras Perdidas (contos, 1999), Grande Prémio de Conto da APE, A Substância do Amor e Outras Crónicas (crónica, 2000), Estranhões e Bizarrocos, com Henrique Cayatte, (infantil, 2000), Prémio Nacional de Ilustração e Grande Prémio de Literatura para Crianças da Fundação Calouste Gulbenkian, Um Estranho em Goa (romance, 2000), O Ano Que Zumbi Tomou o Rio (romance, 2002), O Homem Que Parecia Um Domingo (contos, 2002), Catálogo de Sombras (contos, 2003) e O Vendedor de Passados (romance, 2004). As suas obras estão traduzidas para diversas línguas europeias.

Para saber mais, leia aqui.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

ARTE NO CAE| 2 em 1


Estará patente a partir do próximo dia 26 dejunho, na Sala Zé Penicheiro (Centro de Artes e Espectáculos), a exposição depintura CAVE ARTEM! OMNIA CAUSA FIUNT,da autoria de José Luís Ribeiro e João Ricardo, artistas plásticos há muito radicados naFigueira da Foz.
 Esta mostra poderá ser visitada até 22 de julho.




quarta-feira, 20 de junho de 2012

Alguns bons momentos da Semana da Leitura da EB1 do Castelo





Liberdade de Escolha no Ensino para Todos: Sim ou Não?- Debate On - line sobre Educação



Se a Educação é o melhor passaporte para a mobilidade social e a liberdade um valor que prezamos, não é evidente que todos pais devem ter liberdade de escolher como e onde querem educar os seus filhos, independentemente do seu nível económico? Esta discussão tornou-se sazonal com a divulgação das classificações dos estabelecimentos de ensino secundário e tem subido de tom, primeiro a propósito dos cortes estatais nos contratos de associação que financiam as escolas privadas e, mais recentemente, com a anunciada intenção do actual Governo de que terminará a obrigação de escolher a escola por área de residência Até que ponto a visão de cada um não reflecte os seus interesses concretos no assunto (no caso de ser pai, nomeadamente), que podem não ser os da sociedade? E será que, mesmo sem um interesse concreto e imediato como pai, aluno ou professor, temos discutido o problema de um modo descomprometido, isto é, sem papaguear a cartilha da defesa intransigente do modelo vigente da escola pública, tão caro à esquerda, e também sem um alinhamento às cegas com a direita e os movimentos cívicos de inspiração liberal que defendem a liberdade de escolha? Até que ponto este acantonamento ideológico nos impede de lidar com um problema que, pondo em conflito os valores da igualdade e da liberdade, talvez só admita uma solução de compromisso? Qual seria então a melhor alternativa para tornar obsoleto o expediente das moradas fictícias, mas evitando a segregação social que muitos temem ser inevitável num sistema absolutamente liberalizado, em que aos pais é dada a ilusão de escolha e as escolas, na prática, seleccionam? Podemos aprender com as experiências de outros países? Ao longo desta semana, iremos abordar estas e outras questões com o painel de convidados e todos os interessados no tema. Alexandre Homem Cristo, Paulo Guinote, David Justino e Hugo Mendes têm percursos diversos mas um denominador comum: são académicos que pensam, escrevem e discutem o sistema de ensino com a preocupação de encontrar evidência empírica que sustente as suas posições. O que peço a cada um, no arranque deste debate, é um exercício de imaginação, para que quem nunca vos leu conheça a vossa posição mais inconfessável sobre o assunto: que descrevam sucintamente o sistema de ensino ideal para Portugal, sem receio de parecerem utópicos.
Acompanhe o debate on-line aqui.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Associação EPIS lança manual “Matemática em Família”


O manual “Matemática em Família”, da associação EPIS – Empresários pela Inclusão Social, é destinado a pais e educadores, para avaliarem os conhecimentos dos mais jovens e ajudá-los a superar as dificuldades naquela que parece ser a disciplina mais complicada para os alunos portugueses. Através de testes de diagnóstico e conjunto de regras e boas práticas para o estudo e compreensão da Matemática, pretende-se que seja uma ferramenta que possa contribuir para o sucesso escolar.

Especialmente a partir do 2º ciclo, a Matemática é frequentemente percepcionada como difícil e inatingível, daí que a iniciativa da EPIS, numa parceria inédita com a Sociedade Portuguesa de Matemática, tenha entendido que deveria promover o desenvolvimento de materiais de intervenção disciplinar para esta área.

O manual, da autoria de José Robalo e de Carlos Grosso, é destinado, sobretudo, aos alunos que iniciam precisamente o 2º ciclo, para consolidarem os conhecimentos matemáticos adquiridos no 1º ciclo de escolaridade, e aos seus encarregados de educação, uma vez que inclui um guia para os mais velhos detectarem sinais de alerta e, assim, prevenirem as más notas. Tal como o nome indica, a ferramenta é para utilizar em ambiente familiar, até porque oferece ainda um conjunto de jogos e exercícios em forma de individuais, para que “a Matemática entre em casa e se sente à mesa” das famílias.

Editado pela Porto Editora, o manual “Matemática em Família” foi  lançado sob a forma de projecto-piloto na Escolha EB2,3 de Cristelo, no concelho de Paredes, analisando os factores de risco de cerca de 60 alunos no ensino da Matemática e do Português. A EPIS revela ainda que está disponível para todos os outros concelhos que estejam interessados em aderir.

De acordo com o comunicado de imprensa, a iniciativa vem ao encontro do trabalho que tem sido desenvolvido pela EPIS na promoção do sucesso escolar e da qualificação profissional dos mais jovens. O trabalho desenvolvido pela EPIS representa, desde 2007, o maior programa nacional de combate ao insucesso escolar no 2º e 3º ciclos. A associação registou, em 2011, os melhores resultados de sempre na promoção do sucesso escolar. A taxa de aprovação dos 1.027 alunos do programa “Novos bons alunos – Mediadores para o sucesso escolar passou para 82%, um crescimento de 25% em relação ao 57 % registado no ano anterior (mais 257 novos bons alunos).

Ron Aharoni, professor de matemática no Instituto de Tecnologia em Israel,
aceitou o convite de um amigo para leccionar matemática no ensino básico.
Desde então, tem dedicado muito do seu tempo à educação matemática dos 0
aos 12 anos. Aharoni desempenhou um papel importante na luta contra “a
matemática difusa” no seu país e na implementação de um currículo
consistente e com qualidade científica. No seu livro, partilha com o
leitor – um pai ou um professor – os conhecimentos que adquiriu em
matemática elementar e em educação matemática. Nesta sessão, o autor
discute o que aprendeu e a melhor forma de comunicar aos alunos o
conhecimento matemático. Destinado a pais, o seu livro pode servir de
referência a professores e a todos os que se interessam pela educação
matemática.
Diretamente do Blogue "In Rerum Natura"

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Os livros da escritora de literatura infanto-juvenil Isabel Loureiro





Para saber mais sobre os livros da escrirora, leia aqui.

Visita da escritora figueirense Maria Isabel Loureiro à BIblioteca do Centro Escolar de Vila Verde

Visita da autora figueirense Maria Isabel Loureiro à Biblioteca do Centro Escolar de Vila Verde com a leitura da obra “João e o Pardalito de Bico Amarelo”.

Uma narrativa construída através de uma linguagem clara, simples e agradável sobre um menino chamado João que queria cortar um pinheiro de Natal, mas que foi surpreendido por um pardalito que morava no pinheiro que escolheu, levando-o a reconsiderar.

Isabel Loureiro situa a trama numa época do ano que se quer cordata, alegre e pacífica, fazendo um apelo à amizade e, irrepreensivelmente, passa ainda a mensagem de preservação ambiental, interagindo com o público infantil durante a leitura e levando - o a reconhecer a necessidade de reutilizar materiais para benefício das florestas.

As ilustrações do livro a cargo de Ana Bossa enriquecem a história, seguindo uma técnica diferente em 3D . A ilustradora cria os cenários em papel pintado com protagonistas de terracota, usando também aparas de lápis para as cascas que caem dos pinheiros e fumo de paus de incenso para simular as nuvens, tudo fotografado com a luz a incidir nos pormenores que se querem no desenho.

Cinco estrelas para a visita da simpática e comunicativa Maria Isabel Loureiro, que ofereceu ainda à Biblioteca do Centro Escolar três outros livros da sua autoria.

Isabel Coimbra