segunda-feira, 30 de maio de 2011

A Uma Bicicleta Desenhada na Cela de Luís Veiga Leitão

Nesta parede que me veste

da cabeça aos pés, inteira,

bem hajas, companheira,

as viagens que me deste.



Aqui,

onde o dia é mal nascido,

jamais me cansou

o rumo que deixou

o lápis proibido...



Bem haja a mão que te criou!



Olhos montados no teu selim

pedalei, atravessei

e viajei

para além de mim.



Noite de Pedra, Líricas Portuguesas, Portugália Editora, p. 222-223

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